Entenda como as indústrias nacionais podem competir com o mercado chinês

Competir com o mercado chinês é um dos maiores desafios das indústrias na atualidade. Isso porque o País é um dos maiores pólos industriais do mundo e exporta seus produtos à diversas nações. Saiba como fugir desse paradigma e alcançar o sucesso!

A busca pela competitividade é constante e muitos empreendedores querem saber como destacar sua empresa no mercado nacional e internacional.

Pensando em ajudar o setor secundário, separamos algumas dicas nesse artigo sobre como competir com o mercado chinês.

Confira os tópicos abordados em nosso conteúdo:

Ascensão do mercado chinês

Há décadas criou-se a expressão Tigres Asiáticos, referindo-se a países como Japão, Hong-Kong, Coréia do Sul, Cingapura, Taiwan, entre outros.

Isso porque essas nações passaram a produzir bens com a tecnologia que o Japão, pacientemente, havia aperfeiçoado e consagrado nas décadas de 50 e 60.

Mesmo com situações econômicas e políticas conflituosas aflorando e guerras de diversos portes, esses países investiram muito em infraestrutura e educação, originando uma geração de gente produtiva.

Com isso, foram fabricados produtos de alta qualidade, superando a desconfiança e a xenofobia do resto do mundo.

Isto ajudou a consagrar os bens provenientes da Ásia por desempenho, durabilidade e acabamento.

Como se não bastasse, um último tigre, a China, acabou se agarrando à onda bem-sucedida responsável por mexer com a economia mundial.

Isso porque o País acenou ao mercado com sua mão-de-obra abundante e de custo baixo.

Por estes motivos, competir com o mercado chinês tornou-se uma missão difícil para as indústrias brasileiras.

Dessa forma, a China iniciou uma era de alta produtividade, revertendo décadas de estagnação econômica e importando volumes crescentes de commodities.

Esse acontecimento ajudou a gerar superávits anuais que durante anos beiraram os dois dígitos.

Com isso, o crescimento do mercado chinês se propagou, fazendo o País importar e exportar para diversas regiões do planeta!

Por isso, importar da China se tornou uma tendência global!

Aprenda a ter vantagem competitiva

Muitas empresas fecharam as portas em definitivo no último triênio e as que não fecharam tiveram de reduzir o ritmo produtivo.

Além disso, muitas diminuíram o quadro de funcionários e criaram estratégias para dar saída aos estoques abarrotados.

Isso porque algumas empresas chegam ao patamar mínimo e adotam a economia de subsistência.

Essas, lenta e pacientemente, aguardam uma melhora na economia e podem voltar a vender no mercado brasileiro e competir com o mercado chinês.

Além disso, cada empresa que fecha afeta diversas outras empresas, e/ou consumidores finais.

Com isso, forma-se então uma bolha de demanda!

Ela ocorre quando há uma relação entre consumo e fornecimento sofre uma descontinuidade de grande porte.

Porém, essa situação pode se tornar uma oportunidade de começar um empreendimento, pois há uma gama de clientes carentes procurando por novos fornecedores.

Por isso, é essencial ficar atento a todas as oportunidades, pois a crise de uns pode se tornar a oportunidade de outros.

Se sua empresa está insegura quanto a investir no mercado nacional e competir com a China, seguem alguns bons argumentos:

1. Custos

Atualmente, a moeda brasileira possui baixa valorização, tornando inviável a importação.

Isso graças a grande quantidade de impostos de tramitação internacional, como IOF e outros impostos incidentes.

Esse cenário tem grande potencial para quem deseja competir com a China, pois agora muitos buscam adaptar as suas necessidades de acordo com as empresas nacionais.

Ou seja, há uma grande demanda carente de quem realizava importações e, atualmente, buscam por novos fornecedores.

2. Prazo de entrega

Principalmente no que se refere a produtos feitos sob demanda, o mercado interno tem tudo para ser o melhor em prazo.

Por mais aplicados e ágeis que sejam os concorrentes chineses, as indústrias do mercado nacional dependem menos de fatores como:

  • Frete;
  • Desembarque;
  • Trâmites fiscais;
  • Deslocamento até o local de instalação.

Sem falar na expectativa gerada do produto entregue estar coerente com o que foi encomendado.

Isso porque caso a mercadoria tenha erros, as correções serão feitas a 20.000 km de distância daqui, e passarão novamente por todos os trâmites internacionais.

Esse é um fator determinante a quem deseja competir com o mercado chinês.

3. Manuais de instalação e manutenção

As documentações de instalação, uso e manutenção de um produto dificilmente serão entregues em Português.

Isso porque geralmente as empresas chinesas produzem conteúdos bilíngues ou péssimas versões da tradução do Chinês para Inglês (ou Espanhol).

Como o fornecedor do mercado nacional fala a mesma língua, não haverá problemas e confusões com tais manuais e documentações.

Isso é uma grande vantagem competitiva para quem deseja concorrer com a China.

4. Garantia de fábrica

Esse é outro item para o qual se deve dar atenção: a garantia de fábrica.

Caso o item adquirido possua algum dano ou apresente problemas durante o período de garantia, a devolução, troca ou conserto precisará passar mais uma vez por todas burocracias existentes nos traslados internacionais.

A menos que a empresa ou sites chineses possuam um representante/fornecedor local, o cliente precisará estocar componentes de reposição sugeridos, torcer para existirem equivalentes nacionais ou então para que algum importador os possua em estoque.

Em casos de a peça para reposição, existem ainda as limitações de mão-de-obra para o conserto.

Caso o representante local não disponha de uma pessoa treinada, o usuário deverá contratar um técnico local, ou ainda ter de uma equipe de manutenção própria e esperar o serviço ser executado corretamente.

Saiba como competir com a China no mercado nacional

Para fazer sua empresa superar o mercado chinês, é necessário focar seus esforços em dois fatores importantes. Confira:

Contratação de profissionais capacitados e seus salários

A crise deixou sem emprego muitos profissionais capacitados, os quais precisaram diminuir suas propostas iniciais de salário para conseguir voltar ao mercado, mesmo que por ora, não recebam as melhores propostas.

Com essa diminuição salarial por tempo indeterminado, os custos da contratação foram reduzidos. Em consequência disso, as empresas puderam readequar seus orçamentos.

Outro ponto importante é a alta quantidade de profissionais capacitados desejando voltar ao mercado de trabalho.

Essa é uma alternativa a quem precisa competir com o mercado chinês, compartilhando baixos orçamentos.

Matéria-prima

Outra característica do Brasil é a fartura de matérias-primas, como minérios, plásticos, borracha e madeira.

Superando temporariamente o susto da crise hídrica, o governo está investindo em estocagem de água e novas fontes de energia elétrica alternativa.

Essas duas afirmações indicam a facilidade brasileira em obter material para trabalhar e que existem novas oportunidades de gerar economias por meio das riquezas da terra.

Um exemplo disso é a água, que pode ser utilizada com o objetivo de gerar energia elétrica e te possibilita reduzir ou cortar altos gastos.

Gerando essas economias, as empresas podem focar seus investimentos em outras linhas de produção, fazendo com sua produtividade crescer.

Dessa forma ficará mais barato para as empresas comprar produtos de indústrias brasileiras em vez de investir em outras ações, como importar da China.

O cenário atual abre portas à quem deseja competir com o mercado chinês

A crise mexeu com muita gente, tanto assalariados e autônomos, quanto os empresários.

Muita gente parou de fazer o que fazia, deixando o mercado carente de bens e serviços.

Com isso, quem identificar essas lacunas e entregar o que o mercado necessita, encontrará demanda para seu nicho de atividade.

Por isso, realize um planejamento estratégico e aproveite todas as oportunidades para competir com o mercado chinês.