A indústria automotiva no Brasil não vem passando por um bom período no momento.
As notícias negativas vão se acumulando mês após mês e, quando vemos, temos uma coleção de pontos negativos nos últimos tempos, o que é especialmente frustrante depois de um 2019 tão positivo, registrando um crescimento no número de vendas e muito otimismo por parte dos players do mercado.
No entanto, tudo mudou em 2020, especialmente por causa da pandemia do novo coronavírus. Apesar de ainda haver uma grande demanda no segmento, é vital compreender que a pandemia mudou tudo que esperávamos para 2020, 2021 e 2022.
As empresas da área que não entenderem isso, terão muita dificuldade de se manter em atividade, se é que ainda estão no mercado.
Quer entender os números atuais da indústria automotiva no Brasil? Então siga a leitura do artigo abaixo!
5 números da indústria automotiva no Brasil
1. 26% menos vendas
Um dos principais números a afetar a indústria automotiva no Brasil é o 26. Na verdade, o de 26%. Afinal, essa foi a queda de vendas no país em 2020, muito por causa da pandemia do novo coronavírus, que fechou concessionárias, fábricas e causou outros problemas no ano passado.
O número de 26% de queda nas vendas assombra o mercado, que sabe que terá dificuldades em 2021 novamente. Talvez a queda nas vendas até se repita. Afinal, o segmento de automóveis 0km está muito mal das pernas no momento.
Existem muitos fatores que explicam isso e veremos alguns deles a seguir. No entanto, no geral, a ideia é que o mercado de automóveis novos simplesmente está aguentando por um triz.
O número de vendas caiu gigantescamente: antes, um único modelo vendia mais do que os 3 ou 4 mais vendidos de hoje.
2. R$ 53.690,00 no Renault Kwid
Um dos fatores que explica porque o mercado de automóveis 0 km não está bem, é o número R$ 53.690,00. Sabe o que esse número significa? É o preço do Renault Kwid 0km mais barato atualmente.
Esse é o modelo mais barato de carros novos no Brasil atualmente. Para se ter uma ideia, há coisa de 2 ou 3 anos, o carro mais barato do país era o Chery QQ, que custava algo como R$ 34.000,00 ou menos.
Isso significa que houve um aumento de R$ 20.000,00 no preço do carro mais barato do país enquanto o salário-mínimo não mudou nada. Ou seja, automóveis ficaram muito mais inacessíveis.
3. 124 mil empregos perdidos com a Ford
Esse setor de sofrimento tem afastado muitas empresas e grandes players do mercado nacional. Um exemplo é a Ford. Depois de ter ficado décadas no Brasil e ter construído uma bela história com o público consumidor no país, a empresa resolveu ir embora no meio da pandemia.
Para trás, deixou vários números. O mais impactante é o de 124 mil vagas de empregos fechadas. São 124 mil famílias que perdem uma fonte de renda vital para a sua sobrevivência.
Isso mostra a falta de confiança no mercado nacional e, claro, a dificuldade de oferecer mais carros para os consumidores.
4. 1.400 semicondutores por carro
Quer saber porque estamos com dificuldade de oferecer carros novos para os consumidores? A resposta está no número 1.400. Essa é a quantidade média de semicondutores que vão por unidade de um automóvel.
O problema é que, no momento, o mundo passa por uma crise gigantesca de semicondutores. Na prática, muitas montadoras (isso no mundo todo!) simplesmente não conseguem colocar carros à venda pela ausência da peça.
Portanto, a oferta de carros no mercado cai gigantescamente. E a lei da oferta e demanda afirma que, se a oferta cai, então o preço dos itens se valoriza muito. Logo, os automóveis ficam mais caros e mais difícil de comprá-los.
5. 10 anos de idade média
Para finalizar, todo esse cenário contribui para agravar um ponto que já era grave: a idade média da nossa frota, que é de 10 anos. Isso significa que um veículo médio nas ruas tem 10 anos de idade: ele está defasado em termos tecnológicos, com baixa eficiência energética e menor segurança.
E por que isso acontece? Porque comprar carros novos está cada vez mais inacessível. Portanto, é uma situação muito complicada que precisa ser resolvida ponto a ponto para o setor voltar a crescer. O foco das pessoas, no momento, está na compra de carros certificados.
Pronto! Agora que você já viu alguns números, consegue entender melhor a indústria automotiva no Brasil.
Como deu para ver, a nossa indústria ainda tem muito a melhorar e um longo desafio a superar nos próximos meses e anos. Isso não significa que será possível superar esses desafios com facilidade e nem que teremos sucesso em pouco tempo, mas é importante tentar ao máximo.
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