Mercado Farmacêutico no Brasil – Um Raio X Atual e Tendências de Futuro

Quem já não ouviu aquela frase: “Na minha cidade, é uma farmácia em cada esquina”.

Pois é, e o mercado farmacêutico brasileiro não para de crescer. Em 2018 cresceu próximo a 12%, e tudo indica que continuará assim nos próximos anos!

O Brasil é o sexto maior mercado do mundo no varejo farmacêutico, e apesar de crises recentes em nossa economia, já movimentamos quase R$120.000.000.000,00, de acordo com os últimos dados.

Diferença entre farmácia e drogaria

Antes de entendermos os dados do varejo farmacêutico brasileiro, precisamos entender este conceito crucial.

Mas afinal, existe diferença entre farmácia e drogaria? Se sim, qual é?

Drogarias:

As drogarias são estabelecimentos que praticam comércio de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, segundo o artigo 4º, XI, Lei 5.991/73.

Na prática, o que predomina em uma drogaria é a comercialização de medicamentos e itens de forma geral industrializados, ou seja, não é permitido a manipulação e fracionamentos de medicamentos.

Farmácias

São estabelecimentos que fazem manipulação de fórmulas e comércio de drogas, insumos farmacêuticos e correlatos.

Agora que este conceito base ficou explicado, vamos entender os tipos de farmácia que existem no Brasil?

Tipos de farmácia no Brasil

No Brasil, o setor é basicamente dividido em 3 vertentes:

  • Farmácias individuais independentes;
  • Redes associativistas/franquias/licenciadas;
  • Redes próprias.

Abaixo, veremos uma breve explicação sobre cada tipo de farmácias/drogarias elencados.

Farmácias individuais Independentes

Farmácia individual e independente, é aquela que não é vinculada a nenhuma bandeira de franquia ou análogos.

Normalmente caracterizam-se por farmácias de bairro, com marca própria e gestão centralizada em uma única loja.

Especificamente nesta vertente de farmácias, existe uma divisão clara entre estabelecimentos conseguindo performar de forma exemplar, com alto faturamento, mas também muitos outros deixados à mercê do tempo, com fachadas já antigas, pouco ou nenhum investimento em marketing e futuro incerto.

Redes associativistas/franquias/licenciadas

Modal este que é muito fortalecido por entidades como Febrafar e ABF, só cresce e possibilita com que empresários do setor “combatam” as grandes redes com mais “munição, mais profissionalismo e gestão.

Pequenas e médias farmácias crescem com o associativismo, é o velho lema: A união faz a força.

No primeiros semestre de 2018, redes associativistas filiadas à Febrafar cresceram 19% se comparado ao mesmo período do ano anterior!

Como funciona o associativismo para farmácias na prática?

De maneira geral, uma farmácia individual independente, ao se filiar a uma rede associativista, passa a compartilhar de:

  • Identidade de marca unificada (fachada, marketing, material publicitário, etc);
  • Compra de estoque a preços inferiores devido a negociações da rede;
  • Capacitação e profissionalismo na gestão, no que tange a pontos como custos, tributação, gestão de estoque, precificação, marketing, atendimento, etc;
  • Beneficiação de ações de marketing da rede, como rádio, televisão e mídias sociais.

Muitas farmácias individuais têm se filiado à redes deste tipo, ou franquias, e alcançado melhores resultados, mas é óbvio que não existe milagre, parcela grande do sucesso vai depender do proprietário aplicar o know-how repassado pela rede.

Redes próprias

Sim, são as grandes redes que você está pensando, com centenas ou milhares de lojas próprias, espalhadas por estados ou pelo país inteiro.

E quais são as líderes em faturamento?

  1. Raia Drogasil;
  2. Drogaria Pacheco São Paulo;
  3. Farmácias Pague Menos;
  4. Farmácia São João;
  5. Panvel;
  6. Extrafarma;
  7. Araújo;
  8. Nissei;
  9. Venâncio;
  10. Tapajós.

Em 2018, 25 redes associadas à Abrafarma tinham 7.400 mil lojas em todos os estados brasileiros.

Futuro do varejo farmacêutico

Em meio a um mundo onde a tecnologia e o varejo online crescem exponencialmente, qual o futuro das farmácias e drogarias no Brasil?

Com a tendência de crescimento de redes franqueadas, associadas e licenciadas, para uma maior simetria no combate às grandes redes próprias, será que só isso será o suficiente?

A quantidade de investimento em tecnologia e pesquisa das grandes redes próprias é enorme! E ainda não se vê a mesma preocupação nos outros modais de redes, o que gera certa preocupação.

Pode ser que redes associativistas ganhem espaço de igual para igual no mundo offline, se comparado ao número de lojas das redes próprias. Mas e no mundo digital?

O conceito mais importante do momento e do futuro no varejo é o Omnichannel, ou seja a pluralidade de canais offline e online que trabalham de forma interligadas e sincronizadas.

Redes como Raia, Panvel, Onofre, entre várias outras, já trabalham de forma impecável o omnichannel, e isto implica em aumento de faturamento sem necessariamente precisar abrir mais lojas!

Uma das empresas que está ajudando a implantar o omnichannel de forma prática e acessível a farmácias individuais, pequenas e médias redes, é a MyPharma.

Confira um trecho da explicação sobre omnichannel, segundo artigo sobre delivery de farmácias da mesma:

“Omnichannel é uma tendência que se baseia na convergência de todos os canais utilizados por uma empresa. Lembra que falamos da importância de oferecer novos meios de atendimento? Neste caso, ter opções online e offline disponíveis para o cliente é crucial.